Envelhecimento Saudável

quinta-feira, 14 de junho de 2012


 Promoção do Envelhecimento Saudável .

O envelhecimento é um grande desafio do mundo atual, afetando tanto os paises ricos quanto os pobres. O número de pessoas com mais de 60 anos, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU),já corresponde a mais de 12% da população mundial. E até o meio deste século chegará aos 20%.

1. INTRODUÇÃO

Um em cada 10 habitantes do planeta já tem mais de 60 anos. Quase 40% pessoas com 80 anos e mais. Em 2050, prevê-se que o número de pessoas com 100 anos e em pleno vigor físico e mental será surpreendente. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil, até 2020 a população idosa irá compor um contingente estimado em 31,8 milhões de pessoas. Esse segmento populacional, ao crescer 15 vezes no período entre 1950 e 2020 (em contraste com a população total que terá crescido apenas cinco vezes), situará no Brasil como o sexto país do mundo em termos de massa de idosos (Veras, 2002).

Kalache e colaboradores situam o início deste processo em uma época anterior às grandes inovações científico-tecnológicas, associado às melhores condições de vida da população, “traduzido pela urbanização adequada das cidades, melhoria nutricional, elevação dos níveis de higiene pessoal, melhores condições sanitárias em geral e, particularmente, condições ambientais no trabalho e nas residências muito melhores que anteriormente”(Kalache, 1991;Kalache et al,1996).

As profundas transformações no âmbito político-social, geradas pela mudança no perfil etário da nossa população, trazem muitos desafios para a sociedade, onde tudo deve ser repensado, com a perspectiva de uma revisão do papel social e da imagem do idoso, criando condições para liberta-lo do preconceito e da marginalização resgatando sua dignidade, propiciando-lhe boa qualidade de vida e convertendo as suas reivindicações em conquistas que possam preparar o caminho para um futuro melhor para todas as idades.

Esta perspectiva constitui referência da PNI Política Nacional do Idoso, ao ter como uma de suas principais diretrizes a promoção do envelhecimento saudável, para a qual são previstas ações integradas nas diversas áreas sociais. A referida política é considerada um exemplo dentre as experiências atuais de promoção da saúde no Brasil. Promover o envelhecimento saudável é tarefa complexa da enfermagem que envolve a conquista de uma boa qualidade de vida e o amplo acesso a serviços que possibilitem lidar bem com as questões do envelhecimento. Sendo assim o termo saúde refere-se ao bem-estar físico, mental e social, como definido pela OMS Organização Mundial de Saúde. Por isso, em um projeto de envelhecimento ativo, as políticas e programas que promovem saúde mental e relações sociais são tão importantes quanto àquelas que melhoram as condições de saúde.A promoção da saúde, como vem sendo entendida nos últimos 20-25 anos, representa uma estratégia promissora para se enfrentar os múltiplos problemas de saúde que afetam as populações humanas .

Partindo de uma concepção ampla do processo saúde-doença e de seus determinantes, propõe a articulação de saberes técnicos e populares e a mobilização de recursos institucionais e comunitários, públicos e privados para seu enfretamento e resolução.

A carta de Ottawa define promoção da saúde como o processo de capacitação da comunidade para autuar na melhoria da sua qualidade de vida e saúde, incluindo uma maior participação no controle deste processo.

Para Gutierrez (1997), promoção da saúde é “o conjunto de atividades, processos e recursos, de ordem institucional, governamental da cidadania, orientados a propiciar a melhoria das condições de bem-estar e acesso a bens e serviços sociais, que favoreçam o desenvolvimento de conhecimentos, atitudes e comportamentos favoráveis ao cuidado da saúde e o desenvolvimento de estratégias que permitam à população maior controle sobre sua saúde e suas condições de vida, a níveis individual e coletivo”. Neste conceito mais apropriado à realidade latino-americana agrega-se ao papel da comunidade a responsabilidade do Estado na promoção da saúde de indivíduos e populações.

2. DESENVOLVIMENTO

Envelhecer bem, ter uma boa velhice, prolongar a juventude e retardar a morte têm sido ideais permanentes do ser humano. Ao longo dos séculos, filósofos, teólogos e cientistas vêm empreendendo explorações intelectuais sobre qual é a essência do segredo da manutenção da juventude, de uma boa e longa velhice e de morte tardia, feliz e indolor. Virtude? Dom divino? Esforço pessoal? Boa saúde? Boa fortuna de contar com boa predisposição genética à longevidade? Sorte em ter nascido em um país onde a maioria das pessoas pode contar com o mais completo e adequado conjunto de condições físicas e sociais para viver bem por mais tempo? Predisposições de personalidade? Quanto de cada um desses elementos? Não faltaram argumentos para defender a importância de cada um deles para a boa qualidade de vida na velhice. No entanto, é recente o interesse pela investigação científica do tema, talvez até por causa do caráter especulativo, supersticioso e não-científico que o tema recebeu e, aliás, recebe até hoje.

O fato de a avaliação de qualidade de vida depender de valores e ideais mutantes no tempo e no espaço faz com que seja expressa com desejo, prazer, ou satisfação em relação às condições disponíveis para a adaptação das pessoas e grupos sociais. O que quer dizer, evidentemente, não é que a passagem do tempo, em si mesma, seja uma causa do envelhecimento, mas que as mudanças que caracterizam o envelhecimento dos pontos de vista físico, psicológico e social são referenciadas à passagem do tempo individual e social. Marcar o tempo, ou seja, registrar os eventos da vida individual ou social, segundo um critério convencionado é, aliás, um indicador poderoso do grau de desenvolvimento dos indivíduos e dos grupos humanos. Em segundo lugar, a dificuldade com a definição do termo velhice dizem respeito à natureza própria desse fenômeno que sabemos multidimensional e multidirecional, isto é, relativo a aspectos físicos, sociais e psicológicos do organismo, cujo processo de degeneração começa em diferentes momentos da vida.

O Envelhecimento ativo é o processo de otimização das oportunidades de saúde, participação de segurança, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida à medida que as pessoas ficam mais velhas. O envelhecimento ativo aplica-se tanto a indivíduos quanto a grupos populacionais. Permite que as pessoas percebam o seu potencial para o bem-estar físico, social e mental ao longo do curso da vida, e que essas pessoas participem da sociedade de acordo com suas necessidades, desejos e capacidades: ao mesmo tempo, propicia proteção, segurança e cuidados adequados, quando necessários.

A palavra ativo refere-se à participação contínua nas questões sociais, econômicas culturais, espirituais e civis, e não somente à capacidade de estar fisicamente ativo ou de fazer parte da força de trabalho. As pessoas mais velhas que se aposentam e aquelas que apresentam alguma doença ou vivem com alguma necessidade especial podem continuar a contribuir ativamente para seus familiares, companheiros, comunidades e países.

O objetivo do envelhecimento ativo é aumentar a expectativa de uma vida saudável e a qualidade de vida para todas as pessoas que estão envelhecendo, inclusive as que são frágeis, fisicamente incapacitadas e que requerem cuidados.

Manter a autonomia e independência durante o processo de envelhecimento é uma meta fundamental para indivíduos e governantes. Além disto, o envelhecimento ocorre dentro de um contexto que envolve outras pessoas – amigos, colegas de trabalho, vizinhos e membros da família. Esta é a razão pela qual interdependência e solidariedade entre gerações (uma via de mão-dupla, com indivíduos jovens e velhos, onde se dá e se recebe) são princípios relevantes para o envelhecimento ativo.

A criança de ontem é o adulto de hoje e o avô ou a avó de amanhã. A qualidade de vida que as pessoas terão quando dependerem não só dos riscos mas as oportunidades que experimentarem durante a vida, também da maneira como as gerações posteriores irão oferecer ajuda e apoio mútuos, quando necessário.

Expectativa de vida saudável é uma expressão usada como sinônimo de expectativa de vida sem incapacidades físicas. Enquanto a expectativa de vida ao nascer permanece uma medida importante do envelhecimento da população, o tempo de vida que as pessoas podem esperar viver sem precisar de cuidados especiais é extremamente importante para uma população em processo de envelhecimento.

2.1 PRINCIPAIS DOENÇAS CRÔNICAS QUE AFETAM OS IDOSOS EM TODO MUNDO

Ø Doenças cardiovasculares (tais como doença coronariana);

Ø Hipertensão;

Ø Derrame;

Ø Diabetes;

Ø Câncer;

Ø Alzaimer

Ø Doença pulmonar obstrutiva crônica;

Ø Doenças músculo-esqueléticos (como artrite e osteoporose);

Ø Doenças mentais (principalmente demência e depressão);

Ø Cegueira e diminuição da visão. Conforme os indivíduos envelhecem, as doenças não-transmissíveis (DNTs) transformam-se nas principais causas de morbidade, incapacidade e mortalidade em todas as regiões do mundo, inclusive nos paises em desenvolvimento. As DNTs, enfermidades típicas da 3ª idade, são caras para os indivíduos, as famílias e o Estado. Mas muitas DNTs podem ser evitadas, ou pelo menos adiadas. Não prevenir ou controlar as DNTs de forma apropriada irá resultar em enormes custos humanos e sociais, que irão absorver uma quantidade desproporcional de recursos que poderiam ter sido destinados a problemas de saúde de outras faixas etárias.

2.2 OS FATORES DETERMINANTES DO ENVELHECIMENTO ATIVO

A saúde e a qualidade de vida dos idosos, mais que em outros grupos etários, sofrem a influência de múltiplos fatores físicos, psicológicos, sociais e culturais. Assim, avaliar e promover a saúde do idoso significa considerar variáveis de distintos campos do saber, numa atuação interdisciplinar e multidimensional

O envelhecimento ativo depende de uma diversidade de fatores determinantes que envolvem indivíduos, famílias e paises. A compreensão das evidências que temos sobre esses fatores irá nos auxiliar a elaborar políticas e programas que obtenham êxito nessa área. Qualidade de vida na velhice é uma avaliação multimensional referenciada a critérios sócio normativos e intrapessoais, a respeito das relações atuais, passadas e prospectivas entre o individuo maduro ou idoso e o seu ambiente.

A qualidade de vida na velhice dependente de muitos elementos em interação constante ao longo da vida do individuo. Isto é, depende das condições físicas, ambiente, das condições oferecidas pela sociedade, relativas a renda, saúde, educação formal e informal: da existência de redes de relações de amizade e de parentesco, do grau de urbanização e das condições de trabalho; das condições biológicas propiciadas pela genética, pela maturação, pelo estilo de vida e pelo ambiente físico.

A cultura é um fator determinante transversal dentro da estrutura para compreender o envelhecimento ativo. A cultura que abrange todas as pessoas e populações modela nossa forma de envelhecer, pois influencia todos os outros fatores determinantes do envelhecimento ativo.

Os valores culturais e as tradições determinam muito como uma sociedade encara as pessoas idosas e o processo de envelhecimento. Quando as sociedades atribuem sintomas de doença ao processo de envelhecimento, ela tem menor probabilidade de oferecer serviços de prevenção, detecção precoce e tratamento apropriado. A cultura é um fator chave para que a convivência com as gerações mais novas na mesma residência seja ou não o estilo de vida preferido.

Para promover o envelhecimento ativo, os sistemas de saúde necessitam ter uma perspectiva de curso de vida que vise à promoção da saúde, prevenção de doenças e acesso eqüitativo a cuidado primário e de longo prazo de qualidade. Os serviços sociais e de saúde precisam ser integrados, coordenados e eficazes em termos de custos. Não pode haver discriminação de idade na provisão de serviços e os provedores destes devem tratar as pessoas de todas as idades com dignidade e respeito.

A promoção da saúde é o processo que permite às pessoas controlar e melhorar sua saúde. A prevenção de doenças abrange a prevenção e o tratamento de enfermidades especialmente comuns aos indivíduos à medida que envelhecem, por exemplo: a vacinação de idosos contra gripe proporciona uma economia de 30 a 60 dólares em tratamento por cada dólar gasto em vacinas.

Os serviços de saúde mental, que desempenham um papel crucial no envelhecimento ativo, deveriam ser uma parte integral na assistência em longo prazo. Deve-se dar uma atenção especial aos subdiagnósticos de doença mental (especialmente depressão) e às taxas de suicídio entre idosos (OMS, 2001).

Fatores psicológicos que são adquiridos ao longo do curso da vida têm uma grande influência no modo como as pessoas envelhecem. A auto-eficiência (a crença na capacidade de exercer controle sobre sua própria vida) está relacionada às escolhas pessoais de comportamento durante o processo de envelhecimento e à preparação para a aposentadoria. Saber superar adversidades determina o nível de adaptação a mudanças, como a aposentadoria, e a crises do processo de envelhecimento (privação e o surgimento de doenças). Homens e mulheres que se preparam para a velhice e se adaptam a mudanças fazem um melhor ajuste em sua vida depois de 60 anos. A maioria das pessoas ficam bem humorada à medida que envelhece e, em geral, os idosos não diferem muito dos jovens no que se refere capacidade de solucionar problemas."

O lazer é o conjunto de ocupações as quais o indivíduo pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar, seja para divertir-se, recrear-se, e entreter-se, ou ainda, para sua informação ou formação desinteressada, sua participação social voluntária ou livre capacidade criadora após se livrar ou desembaraçar das obrigações profissionais, familiares e sociais, reunindo as três funções do lazer: descanso; divertimento, recreação e entretenimento; desenvolvimento pessoal".

O bem-estar psicológico reflete na avaliação pessoal sobre as três áreas precedentes, da capacidade do individuo para adaptar-se às perdas e de sua capacidade de recuperar-se de eventos estressantes do curso de vida individual e social, tais como desemprego, doenças, desastres, motes em família, violência urbana, crises econômicas, guerras e da sua capacidade para assimilar informações positivas sobre si mesmo.

2.3 FATORES COMPORTAMENTAIS DETERMINANTES

Adoção de estilos de vida saudáveis e a participação ativa no cuidado da própria saúde são importantes em todos os estágios da vida. Um dos mitos do envelhecimento é que é tarde demais para se adotar esses estilos nos últimos anos de vida. Pelo contrário, o envolvimento em atividades físicas adequadas, alimentação saudável, a abstinência do fumo e do álcool, e fazer uso de medicamentos sabiamente podem prevenir doenças e o declínio funcional, aumentar a longevidade e a qualidade de vida do individuo.

A participação em atividades físicas regulares e moderadas pode retardar declínios funcionais, além de diminuir o aparecimento de doenças crônicas em idosos saudáveis e doentes crônicos. Por exemplo, uma atividade física regular e moderada reduz o risco de morte por problemas cardíacos em 20 a 25% em pessoas com doenças do coração diagnosticada (Merz & Forrester, 1997). Também pode reduzir substancialmente a gravidade de deficiências associadas à cardiopatia e outras doenças crônicas.

Os problemas de alimentação em todas as idades incluem tanto a desnutrição (mais freqüente, mas não exclusivamente, nos paises menos desenvolvidos) como o consumo excessivo de caloria. Nos idosos, a desnutrição pode ser causada pelo acesso limitado a alimentos, dificuldades sócio-econômicas, falta de informação e conhecimento sobre nutrição, escolhas erradas de alimento (alimentos ricos em gordura, por exemplo), doenças e uso de medicamentos, perda de dentes, isolamento social, deficiências cognitivas ou físicas que inibem a capacidade de comprar comida e prepará-la, situações de emergência e falta de atividade física.

A promoção da saúde oral e programas de prevenção de cáries, para estimular as pessoas a manterem seus dentes naturais, precisam começar ainda cedo e continuar ao longo da vida. Devido à dor e pior qualidade de vida associadas aos problemas de saúde oral são necessários serviços básicos de tratamento dental e também serviços especializados como os de prótese.

2.4 FATORES RELACIONADOS AO AMBIENTES FÍSICO E SOCIAL

Ambientes físicos adequados à idade podem representar a diferença entre a independência e a dependência para todos os indivíduos, mas especialmente para aqueles em processo de envelhecimento.

Moradia e vizinhança seguras e apropriadas são essenciais para o bem estar do jovem e do idoso. Pra este, a localização, incluindo a proximidade de membros da família, serviços e transporte podem significar a diferença entre uma interação social positiva e o isolamento.

A queda de pessoas idosas é uma causa crescente de lesões, custos de tratamento e morte. Os obstáculos dos ambientes que aumentam os riscos de queda incluem pouca iluminação, pisos irregulares ou escorregadios e a falta de corrimão para apoio. Estas quedas ocorrem freqüentemente no ambiente da casa e podem ser evitadas.

As conseqüências das lesões sofridas em uma idade mais avançada são mais graves do que entre pessoas mais jovens. Pra lesões da mesma gravidade, os idosos experimentam mais incapacidade, período de internação mais longo, extensos períodos de reabilitação, maior risco de dependência posterior e de morte.

Pode-se prevenir a grande maioria das lesões; entretanto, a percepção tradicional de que sejam acidentes, resultou em uma negligencia histórica nessa área de saúde pública.

Água limpa, ar limpo e acesso à alimentação segura são particularmente importantes para a maioria dos grupos populacionais vulneráveis, ou seja, crianças, idosos e aqueles com doença crônica e sistema imunológico comprometido.

O apoio social a oportunidades de educação, aprendizagem permanente, paz, proteção contra a violência e maus tratos são fatores essenciais do ambiente social que estimulam a saúde, participação e segurança, à medida que as pessoas envelhecem. Solidão, isolamento social, analfabetismo e falta de educação, maus-tratos e exposição a situações de conflito aumentam muito os riscos de deficiências e morte precoce.

Violência e maus-tratos contra o idoso: Os idosos frágeis ou que vivam sozinhos podem se sentir particularmente vulneráveis a crimes como furto ou agressão. Uma forma bastante comum de violência (especialmente contra mulheres) é o abuso do idoso, cometido por membros da família ou acompanhantes formais bem conhecidos da vitima. Os maus-tratos contra idosos ocorrem em famílias de todos os níveis econômicos. Sua escalada aumenta com mais freqüência em sociedades que experimentam problemas econômicos e desorganização social quando a taxa de crime e exploração tende a crescer.

Educação e alfabetização: Os baixos níveis de instrução e o analfabetismo estão associados a maiores riscos de deficiência e morte durante o processo de envelhecimento, assim como os altos índices de desemprego. A educação em idade mais jovem, combinada com oportunidades de aprendizado permanente, pode ajudar as pessoas a desenvolverem as habilidades e a confiança que precisam para se adaptar e permanecer independentes à medida que envelhecem. Como os mais jovens, os cidadãos mais velhos necessitam de treinamento em novas tecnologias, especialmente na agricultura e comunicação eletrônica.

O aprendizado individual, mais prática e ajustes físicos (como o uso de caracteres impressos maiores) podem compensar a diminuição na acuidade visual, na audição e na memória de curto prazo. Os idosos podem e devem permanecer criativos e flexíveis, e o aprendizado entre gerações preenche a lacuna entre as diferenças de idade.

2.5 FATORES ECONÔMICOS DETERMINANTES

Três aspectos do ambiente econômico têm um efeito particularmente relevante sobre o envelhecimento ativo: a renda, o trabalho e a proteção social.

Renda: As políticas de envelhecimento ativo precisam se cruzar com projetos mais amplos para reduzir a pobreza em todas as idades. Os pobres de todas as idades apresentam um risco maior de doenças e deficiências e os idosos estão particularmente vulneráveis. Muitos idosos, especialmente as mulheres vivem sozinhos ou em áreas rurais sem renda certa ou suficiente. Estes fatores afetam seriamente seu acesso a alimentos nutritivos, moradia adequada e cuidados de saúde. Na verdade, alguns estudos demonstram que idosos com baixa renda têm uma chance de cerca de 30% de apresentar altos níveis funcionais se comparados àqueles que possuem uma renda alta.

Proteção social: Em todo o mundo, as famílias providenciam a maior parte do auxilio para idosos que precisam de ajuda. Contudo, à medida que as sociedades se desenvolvem e a tradição de convivência entre as gerações no mesmo ambiente começa a mudar, os paises são cada vez mais chamados a desenvolverem mecanismos que dêem proteção social a idosos incapazes de ganhar a vida e que estejam sozinhos e vulneráveis. Nos paises em desenvolvimento os idosos que precisam de assistência tendem a confiar na ajuda da família, em transferências de serviços informais e em economias pessoais. Há pouquíssimos programas de serviço social nesses locais e, em alguns casos, redistribui-se a renda para minorias da população menos carentes.

Trabalho: Em todo o mundo, se mais pessoas pudessem ter o quanto antes em sua vida, oportunidades de trabalho digno (com remuneração adequada, em ambientes apropriados, e protegidos contra riscos), iriam chegar à velhice ainda capazes de participar da foca de trabalho. Assim, toda a sociedade se beneficia. Em todas as partes do mundo, há um aumento do reconhecimento da necessidade de se apoiar à contribuição ativa e produtiva que idosos podem dar e fazem no trabalho formal, informal, nas atividades não-remuneradas em casa e em ocupações voluntárias.

3. PROGRAMAS E POLÍTICAS DE ENVELHECIMENTO ATIVO

Na área da enfermagem com os idosos, o enfermeiro tem um espaço importante para atuar na autonomia, sistematizando um corpo de conhecimento específicos de sua área de competência, usando sua experiência e criatividade. A orientação para o autocuidado tem como princípio que todas as pessoas devem ser estimuladas a melhorar a sua condição e preservar a sua saúde.

A Política Nacional do Idoso objetiva-se a criar condições para promover a longevidade com qualidade de vida, colocando em prática ações voltadas, não apenas para os que estão velhos, mas também para aqueles que vão envelhecer, bem como lista as competências das várias áreas e seus respectivos órgãos. A implantação dessa lei estimulou a articulação dos ministérios setoriais para o lançamento, em 1997, de um plano de ação governamental para Integração da Política Nacional do Idoso. São nove os órgãos que compõem este Plano: Ministérios da Previdência e Assistência Social, da Educação, da Justiça, Cultura, do Trabalho e Emprego, da Saúde, do Esporte e Turismo, Transporte, Planejamento e Orçamento e Gestão.Uma abordagem de envelhecimento ativo para o desenvolvimento de políticas e programas tem o potencial de reunir muitos dos desafios inerentes ao envelhecimento individual e populacional. Quando políticas sociais de saúde, mercado de trabalho, emprego e educação apoiarem o envelhecimento ativo, teremos provavelmente:

Ø Menos mortes prematuras em estágios da vida altamente produtivos;

A percepção do estado de saúde pelo próprio idoso tem sido considerada um bom marcador de risco de mortalidade, independentemente da carga objetiva de morbidade

Ø Menos deficiências associadas às doenças crônicas na Terceira Idade;

Ø Mais pessoas com uma melhor qualidade de vida à medida que envelhecem;

Ø À medida que envelhecem, mais indivíduos participando ativamente nos aspectos sociais, culturais, econômicos e políticos da sociedade, em atividades remuneradas ou não, e na vida doméstica, familiar e comunitária;

Ø Menos gastos com tratamentos médicos e serviços de assistência médica.

Ø A sexualidade, como afirma Perez (1994), é um elemento presente e importante na boa qualidade de vida dos idosos e muitos estudos mostram que não há uma idade específica para que ela termine, em que pesem as alterações fisiológicas do envelhecimento e os aspectos psicossociais e culturais que influenciam em especial as mulheres idosas, na sua maioria religiosas e de educação rígida. Programas e políticas de envelhecimento ativo reconhecem a necessidade de incentivar e equilibrar responsabilidade pessoal tendo o cuidado consigo mesmo, A enfermagem pode orientar as famílias e os indivíduos que precisam planejar e se preparar para a velhice. ão mesmo tempo, é necessário que os ambientes de apoio façam com que as opções saudáveis sejam as mais fáceis.

4. INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM

A prática do cuidado na enfermagem gerontogeriatrica só pode ser visualizada quando vinculada ao processo de cuidar da enfermagem como um todo, direcionando-se à pessoa idosa em seu contexto de vida.

O cuidar é um processo dinâmico e depende da interação e de ações planejadas a partir do conhecimento e do respeito à realidade do idoso e sua família. Assim sendo, o processo de cuidar, em enfermagem, consiste em olhar para a pessoa idosa, vivenciados pelo idoso e pela família, enquanto cliente da enfermagem.

O Projeto de Promoção da Saúde constitui-se, tanto nas atividades educativas como de pesquisa, num espaço de exercício e construção da interdisciplinaridade, otimizado através da inserção de alunos da graduação e pós-graduação de diversas áreas profissionais (medicina, enfermagem, serviço social, nutrição, psicologia, fisioterapia e terapia ocupacional).

Essa concepção na enfermagem gerontogeriatrica prevê a integração das multidimensões do viver da pessoa idosa, as conhecidas e as que estão para ser desveladas para a promoção do viver saudável e a exaltação na vida do processo de envelhecer, através da utilização de seus potenciais de suas capacidades, dos recursos, do meio e das condições de saúde, evoluindo para um continuo desenvolvimento pessoal.

Faz parte do cuidado a preservação da relação dinâmica entre o profissional, o idoso e sua família, mais direcionada para a resolução de problemas imediatos nos momentos em que as situações exigem. Assim, sugere-se visualizar a prática do cuidado de enfermagem gerontogeriatrica como uma especialidade no interior tanto da prática da enfermagem geral quanto da prática gerontologica exercida pela equipe multiprofissional.

Dos profissionais, em especial os da área da saúde, nos campos da Geriatria e Gerontologia, espera-se o desenvolvimento adequado de um perfil de desempenho individual.

Ø A atuação interdisciplinar

Ø A conduta ética

Ø A atenção integral ao idoso em função de seu ambiente, familiar e comunidade

Ø A avaliação de sinais e sintomas de doenças e incapacidade, os fatores de risco e seu controle, com base nas doenças prevalentes nos idosos, sejam elas idades-correlacionadas ou idade-dependentes

Ø A familiaridade com as ações de prevenção, recuperação e reabilitação assim como os meios de comunicação, com pessoas portadoras de necessidades pessoais, particularmente, aquelas com perda de visão e audição

Ø Prudência e domínio de esquemas terapêuticos da farmacodinâmica, da farmacocinética, das ações adversas e interações medicamentosa

Ø Avaliação cuidadosa para o uso de novas drogas, principalmente daquelas ditas rejuvenescedoras

Ø Promover, tanto quanto possível, a estimulação cognitiva e psicocomotora sistematizadas

Ø Manter-se num processo de educação continuada, promover pesquisas e participar delas

Ø Zelo pela preservação da qualidade de vida, autonomia e dignidade do idoso

Ø Incentivar ao desenvolvimento de suas potencialidades, lendo jornais,revistas, livros.

Ø Atendimento da necessidade de eliminação quanto ao hábitos regulares de evacuação, micções.

Ø Estimulação da vida afetiva como cultivar amizades com colegas, manter laços familiares, respeitar seus colegas, amar aos outros como a si mesmo.

Ø Promover exercícios de estimulação, memorização, atualização com a época vivida.

Ø Audição e visão – Reduzir a perda auditiva através de medidas preventivas, detectando no exame físico apropriado, e apoiar o acesso aparelhos auditivos para as pessoas mais velhas .

Ø Qualidade de vida – Colocar em vigor políticas e programas que melhorem a qualidade de vida de pessoas com deficiências e doenças crônicas. Apoiar e incentivar sua independência continua e sua interdependência, através de mudanças no ambiente.

Ø Apoio social – Reduzir os riscos da solidão e do isolamento social por meio de apoio aos grupos comunitários dirigidos por pessoas mais velhas, sociedade tradicionais, grupos de auto-ajuda e cooperação, programas comunitários, visitas comunitárias.

Ø HIV e AIDS –Eliminar a limitação de idade na coleta de dados relacionados a HIV/AIDS. Avaliar e abordar o impacto do HIV/AIDS sobre idosos, incluindo aqueles que foram infectados e os que cuidam de pessoas infectadas e/ou que ficaram órfãos devido à AIDS.

Ø Saúde mental – Promover saúde mental positiva durante o curso da vida, oferecer informações e desafiar crenças estereotipadas sobre problemas de saúde mental e doenças mentais,fornecendo cuidados de qualidade para idosos com demência e outros problemas cognitivos e neurológicos em sua própria casa e em casas de repouso, quando apropriado. Dar atenção especial aos idosos com deficiência intelectual de longo prazo.

Ø Ambientes limpos – Orientar a importância do ambiente limpo colocando em prática políticas e programas que assegurem a todos acessos à água limpa, alimento seguro e ar puro, minimizar a exposição à poluição durante a vida, principalmente na infância e na velhice.

4.1 CRIAR ESTRATÉGIA PARA AJUDAR UM PACIENTE A PARAR DE FUMAR

1. ARGÜA: Identifique sistematicamente todos os usuários de tabaco a cada visita.Implemente um sistema para que se possa certificar que para CADA paciente a CADA visita a condição de uso do tabaco seja examinada e documentada.

2. ACONSELHE: Aconselhe fortemente todos os usuários de tabaco a pararem de fumar, de uma maneira clara, forte e personalizada,

3. AVALIE: Avalie a disposição para se fazer uma tentativa de abandono do vício. Pergunte a todos os usuários de tabaco se eles ou elas estão dispostos a fazerem uma tentativa de parar de fumar neste período.

4. AUXILIE: Ajude o paciente a parar de fumar.Auxilie o paciente com um plano de cessação; forneça conselho prático; forneça apoio social intra-tratamento; ajude o paciente a obter apoio social extra-tratamento; recomende o uso de farmacoterapia aprovada, se apropriado; forneça materiais suplementares.
5. ACOMPANHE: Organize o acompanhamento.
Organize o acompanhamento,de preferência pessoalmente..

Desenvolver informações e diretrizes, culturalmente apropriadas e baseadas na população, sobre atividades físicas para homens e mulheres idosos. Fornecer oportunidades acessíveis, baratas e agradáveis para os idosos permanecerem ativos (como áreas para andar e parques seguros). Apoiar grupos e lideres que promovem atividade física regular moderada para pessoas durante o processo de envelhecimento. Informar e treinar os indivíduos e profissionais de sua equipe sobre a importância de permanecer ativo enquanto envelhecem. Orientar sobre uma nutrição adequada para sua idade. Garantir que as políticas e os planos de ação nacionais de nutrição reconheçam as pessoas idosas como um grupo potencialmente vulnerável. Incluir medidas especiais para prevenir a desnutrição e garantir a segurança alimentar para as pessoas em processo de envelhecimento. .

Apoiar dietas melhoradas e peso sadio na velhice através da provisão de informações (incluindo informações especificas sobre as necessidades nutricionais dos idosos), educação sobre nutrição em todas as idades, e políticas alimentares que capacitem mulheres, homens e famílias a escolher alimentos saudáveis. Incentivar e permitir que as pessoas desenvolvam autonomia, habilidades cognitivas, como resolver problemas, comportamento voltado para o social e capacidade para lidar de maneira eficaz em diferentes situações. Reconhecer e a explorar a experiência e o vigor dos idosos para ajuda-los a melhorar seu bem estar psicológico.

Desenvolver um continuo de serviços sociais e de saúde acessíveis, baratos de alta qualidade e adequados para a terceira idade, que aborde as necessidade e os direitos de homens e mulheres em processo de envelhecimento dando a continuidade da assistência durante o curso da vida Considerando suas opiniões e preferências, fornecer continuidade de cuidados para homens e mulheres durante o envelhecimento. Reorientar os sistemas atuais, organizados com base em cuidados na fase aguda das doenças, para que forneçam continuidade de assistência, que inclui a promoção da saúde, a prevenções de doenças, o tratamento apropriado de doenças crônicas, a provisão equânime de apoio comunitário e cuidado paliativos e de longo prazo durante todos os estágios da vida.

A enfermagem deve reconhecer e abordar as diferenças de gênero na tarefa do cuidados, e fazer um esforço especial para apóia-los. Em sua maioria, são mulheres idosas que cuidam do marido, filhos, netos e outros que estão doentes ou incapacitados, apóia os cuidadores informais através de iniciativas tais com hospital-dia, pensões, subsídios financeiros, treinamento e serviços de enfermagem e domicílio. Proporcionando ao condições adequadas de trabalho . Com uma atenção especial aqueles que não são especializados .

Envelhecer em casa e na comunidade – Criar programas e serviços que capacitem as pessoas a permanecerem em casa durante a velhice, com ou sem outros familiares, de acordo com as circunstancias e preferências. Apoiar, orientar as famílias que incluem idosos e que precisam de cuidados em seu lar. Fornecer ajuda com refeições e manutenção da casa, e apoio de enfermagem em domicilio quando necessário.

Parcerias e cuidados de qualidade – Propiciar uma ampla abordagem dos cuidados a longo prazo , estimulando a colaboração entre os setores publico e privado e envolva todos os neveis de governo, sociedade civil e instituições em fins lucrativos. Assegurar padrões de alta qualidade e ambientes estimuladores nas casas de repouso para homens e mulheres que precisarem deste tipo de assistência.

4.2 FORNECER TREINAMENTO E EDUCAÇÃO PARA CUIDADORES.

Cuidadores informais - Fornecer aos familiares, conselheiros e outros cuidadores, informações e treinamento sobre como cuidar daqueles que estão envelhecendo. Apoiar os terapeutas alternativos mais velhos, que conhecem os medicamentos tradicionais e outras opções e, ao mesmo tempo avaliar também as necessidades deles quanto a treinamento.

Cuidadores formais – Educar os que trabalham com a saúde e com serviços sociais sobre modelos capacitadores de cuidados primários e de longo prazo em saúde, que reconhecem a força e as contribuições de idosos. Incorporam módulos sobre o envelhecimento ativo nos currículos médicos e outras áreas de saúde, em todos os níveis. Fornecer educação especializada em geriatria e gerontologia para os profissionais médicos, de outras áreas de saúde e de serviço social. Informar profissionais de saúde e de serviço social sobre o processo de envelhecimento e as normas para otimizar o envelhecimento ativo entre os indivíduos, comunidades e grupos populacionais. Incentivar e treinar profissionais de saúde e de serviço social para estimular o auto-cuidado, e orientar sobre o processo de envelhecimento, sobre práticas de estilo de vida saudável. Aumentar a consciência e a sensibilidade de todos os profissionais da saúde e dos trabalhadores da saúde para identificar os idosos que correm riscos de solidão e isolamento,social.Aprendizagem permanente permitindo a participação integral dos idosos, propiciando as políticas e programas de educação , treinamento que defendem a aprendizagem permanente conforme eles envelhecem. Envolver os idosos nos processos políticos que influenciam os seus direitos. Incluindo todos no planejamento, na implementação e avaliação dos serviços locais de saúde e sociais dos programas de recreação, nas iniciativas de prevenção e educação para reduzir a difusão do HIV/AIDS.

Proteger o bem estar social e psicológico dos idosos que cuidam de pessoas com HIV/AIDS e assumem o papel de pais substitutos dos órfãos da AIDS. Fornecer ajuda em espécie, cuidados de saúde acessíveis e empréstimos aos idosos para ajuda-los a atender às necessidades dos filhos e netos infectados pelo HIV. Reconhecer explicitamente os direitos e as necessidades dos idosos quanto a abrigos seguros e adequados, principalmente em tempo de conflito e crise. Quando necessário, prestar assistências residencial aos idosos e seus familiares (dar atenção especial às circunstancias daqueles que vivem sozinhos), através de agentes comunitários.

5. CONCLUSÃO

Envelhecer com boa qualidade de vida é possível. Esta foi a revelação mais importante e emocionante que este estudo nos trouxe. Apesar das inúmeras condições adversas do nosso país que influem diretamente na população de idosos. Aprendemos que a qualidade de vida pode ser conseguida com muito pouco e que independente de recursos econômicos vastos, é possível ser feliz e que se pode desejar e conquistar a liberdade a cada dia.

É uma questão de cidadania se sentir realizado valorizado e integrado à sociedade, e isso é importante ao longo de toda vida. Para tal, é de extrema importância, que independentemente de sua idade, o individuo mantenha projetos de vida para concretizar e que esta decisão seja respeitada.

A saúde física, mental e emocional vai ser,conseqüência dessas realizações.

Por outro lado, para se manter ativo, independente e saudável isso é com “qualidade de vida”,e não apenas com “quantidade de anos”, é importante desenvolver atitudes de auto-cuidado durante a nossa existência, garantindo uma velhice saudável, através de hábitos saudável.

Em nosso meio, a enfermagem gerontogeriátrica vem, não somente, despontando como uma especialidade no conjunto da enfermagem geral. Ela é emergente também na área da Gerontologia. Como especialidade, há que se firmar como tal, em futuro próximo, desenvolvendo padrões mínimos de sua atuação em campo próprio, norteadores de exercício profissional.

Lembramos que somos gente que cuida de gente, como afirmou a saudosa enfermeira brasileira Wanda Horta (1979),cuja vida pessoal e profissional foi marcada por imensa sensibilidade humana.

Contudo, sem se distanciar do ideal dos valores do cuidado humanístico, desafios urgentes de ordem prática se impõem, principalmente aos profissionais da equipe gerontogeriátrica, incluindo aqui necessariamente os enfermeiros, como propulsores de soluções criativas e imaginativas para a organização e o funcionamento interno de serviços que possibilitem o atendimento do idoso/família em tempo devido, sem a descontinuidade de assistência requerida. Há luzes, embora ainda tênues, que nos conduzem a tal empreendimento. Há espaço promissor no setor privado para o atendimento de necessidades do viver diário das pessoas idosas.

Para envelhecer mantendo a qualidade de vida ,é necessário que todos constituam-se em agentes transformadores da sociedade dominante para juntos buscarmos o direito de sermos tratados com dignidade e respeitados como pessoa. Esta será a melhor decisão das pessoas que desejam envelhecer com responsabilidade para viverem bem a sua velhice no próximo milênio.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DUARTE Yeda Aparecida de Oliveira, Atendimento Domiciliar Um Enfoque Gerontológico.São Paulo, Rio de Janeiro,Belo Horizonte: Atheneu,2000.p 244-252 FREITAS

Elizabete Viana de et al 2° ed Tratado de Geriatria e Gerontologia.Rio de Janeiro:Guanabara Koogan,2006 p 1386,1398,1399

KALACHE A. O envelhecimento da população mundial: Um desafio novo.REV Saúde Pública,1996; 21-26 TEXTO Envelhecimento Ativo: Uma Política de saúde

VERAS RP.Terceira idade:gestão contemporânea em saúde.Rio de Janeiro: UnATI Uerj;2002.

ZIMERMAN GuiteI. Velhice Aspectos Biopsicossociais. Rio de Janeiro: Atheneu,2001p 135-148

3 comentários:

Anônimo disse...

Claro que é possível envelhecer com uma excelente qualidade de vida, sempre e quando as pessoas façam tudo o possível por cuidar da salude.
Minha avo precisa de periodontia para que sua boca continue sana.

Bruna disse...

Envelher com saúde é meu objetivo! até porque o que vai adiantar eu me aposentar e não poder curtir? Ótimo Texto!!! Mais infos em:
https://cursoprosersaude.com

Bruna disse...

Segue o link: Programa Pro Ser Saúde

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